Divisão de Engenharia Civil Ano: 2010
(Turma 2010, TGs 2010)
Título: Estudo Sobre Modelos de Degradação de Estruturas de Concreto (pdf 1,2 MB)
Autor: Vitor de Bragança Freixo
Orientador(es): Maryangela
Relator(es): Eng. Ronaldo Alves de Medeiros Júnior
Ano: 2010
Resumo:
As estruturas de concreto sofrem degradação recorrente do meio ambiente onde
estão inseridas. As normalizações e publicações existentes têm considerado o fator
durabilidade nas recomendações de projeto, preparo e execução; através da definição de
parâmetros como o cobrimento mínimo, visando o alcance de determinada vida útil. No
entanto, observa-se demasiada dificuldade de caracterização do ambiente de exposição
da estrutura, o que dificulta uma formulação precisa nos modelos propostos, que não
raramente conduzem a resultados não condizentes com aqueles observados em campo.
Este trabalho busca estudar a capacidade de os modelos propostos por
organizações nacionais e internacionais protegerem da degradação as estruturas sujeitas
às condições reais, por um tempo pelo menos igual a sua vida útil de projeto. Para isso
são consideradas duas formas de degradação do concreto: a carbonatação, por meio da
análise de dois viadutos em concreto armado na rodovia Presidente Dutra, e o ataque de
íons cloreto através da análise de uma plataforma offshore no Rio Grande do Norte.
Pôde-se observar que os modelos analisados não conduziram a resultados
satisfatórios para todos os pontos onde medições foram realizadas. Em diversos casos,
as armaduras já estavam ou estariam sujeitas à deterioração antes dos 50 anos de vida
útil esperada, sinalizando um cobrimento nominal insuficiente para o tipo de agressão
ambiental sofrida. Além disso, foi possível observar enorme variância em resultados
obtidos para um mesmo elemento de uma mesma estrutura, evidenciando a importância
da caracterização do microambiente para melhor previsão de comportamento da mesma.
Por fim, este trabalho faz uma análise crítica dos modelos de vida útil estudados
propondo uma maior representatividade do fator microclima nos mesmos.
Abstract:
The concrete structures suffer recurrent degradation of the environment in which
they live. The normalization and existing publications have considered the durability
factor in the design recommendations, preparation and execution, by setting parameters
such as minimum cover thickness, aiming to reach a certain shelf life. However, there is
too much trouble for the characterization of environmental exposure of the structure,
which hinders the precise formulation of the proposed models, which frequently lead to
inconsistent results comparing with those observed in the field.
This work studies the ability of the models proposed by national and
international organizations to protect the deteriorating structures subjected to real
conditions, for a time at least equal to their design lives. For this are considered two
forms of degradation of concrete: carbonation, through the analysis of two reinforced
concrete bridges in the Presidente Dutra highway, and the attack of chloride ions
through the analysis of an offshore platform in Rio Grande do Norte.
It was observed that the models did not produce satisfactory results for all points
where measurements were made. In several cases, the armor had already been or would
be subject to decay before 50 years of expected life, signaling a nominal cover thickness
is not sufficient for the type of environmental aggression suffered. Furthermore, we
observed large variance in results obtained for one element of the same structure,
highlighting the importance of characterizing the microenvironment to better predict the
behavior of the structure. Finally, this study suggests a revision in models of useful life
studied by proposing a greater representation of the microclimate in the same models.