Divisão de Engenharia Civil Ano: 2003

(Turma 2003, TGs 2003)

Título: A Evolução da Frota Brasileira de Aeronaves da Aviação Geral (pdf2,0 MB)

Autora: Mariana Sá Barreto dos Santos

Orientador: Prof. Protógenes Pires Porto

Ano: 2003

Resumo:

O presente Trabalho de Graduação se propõe a analisar a frota brasileira de aeronaves da Aviação Geral, de forma a determinar não só a sua evolução quantitativa ao longo dos últimos 15 anos, como também sua constituição nesse mesmo período, em termos do tipo de aeronave (avião ou helicóptero) e respectivo motor. Além disso, este trabalho apresenta o quadro evolutivo da distribuição geográfica dessa frota entre as diversas unidades federativas e regiões que compõem o Brasil, o atual perfil de idade da frota e de suas composições, o valor econômico representado pelas aeronaves da Aviação Geral brasileira, bem como uma projeção do crescimento dessa frota para os próximos 5 anos. A fim de contextualizar a importância da Aviação Geral no Brasil, são apresentados os resultados de análises comparativas da dimensão dessa frota frente às aeronaves utilizadas por empresas de transporte aéreo brasileiras e à frota da Aviação Geral no mundo.

Os resultados mencionados foram obtidos mediante a organização apropriada das informações contidas no banco de dados mantido pelo Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), um órgão do Departamento de Aviação Civil (DAC). Já a obtenção de dados relativos à frota mundial de aeronaves da Aviação Geral se baseou em consultas, via internet, a organizações que visam representar e defender os interesses desse segmento, em especial a IAOPA - International Council of Aircraft Owners and Pilots Associations.

Das principais constatações decorrentes deste trabalho, é interessante mencionar as seguintes: nos últimos 15 anos, houve um aumento significativo da participação de helicópteros na frota da Aviação Geral; cerca de 91% da atual frota de aviões é formada por modelos com motores convencionais; embora cerca de 80% da frota total de aeronaves esteja concentrada nas regiões sudeste, centro-oeste e sul, a distribuição da participação em termos de cada estado da federação, individualmente, não segue um padrão definido; os perfis de idade da frota de aviões e helicópteros são bastante distintos, ratificando o fato do crescimento participativo destes últimos ter-se acentuado mais recentemente, durante a década de 90; a proporção de aeronaves da Aviação Geral em relação às de empresas aéreas é consideravelmente alta, refletindo o fato das primeiras serem responsáveis por pouco mais de 95% da frota aérea civil brasileira; e, por fim, a representatividade da Aviação Geral brasileira em âmbito mundial, tendo sido avaliada como a quarta maior frota.