Divisão de Engenharia Civil
Instituto Tecnológico de Aeronáutica

(Turma 2000, TGs 2000)

Título: Ciclo Diário e Sistemas Produtores de Precipitação

Autor: Paulo Gustavo Cervantes Dias

Orientadores: Prof^a. Íria Fernandes Vendrame e Gilberto Fisch

Ano: 2000

Resumo:

Este trabalho objetiva estudar a variabilidade diária de precipitação que ocorreu durante o projeto LBA-TRMM, visando caracterizar os períodos de maior freqüência de precipitação. Houve o propósito de associar a ocorrência de eventos chuvosos com mecanismos meteorológicos atuantes na região durante esse projeto.

Os dados de precipitação horária utilizados eram provenientes de quarenta pluviógrafos localizados em Rondônia, coletados no período de janeiro/fevereiro de 1999. Inicialmente foi realizada a correção e tratamento dos dados aplicando-se técnicas hidrológicas de correção dos mesmos, segundo Tucci (1997). Para os pluviógrafos que estavam agrupados em conjuntos chamados "networks", foi selecionado um pluviógrafo padrão que representava a precipitação da área, o critério de seleção foi o que apresentasse a maior correlação estatística com os demais, que ficou em torno de 0,9. Os gráficos de precipitações totais acumuladas dos networks auxiliou a determinação dos pluviógrafos padrão.

Uma análise das precipitações totais diárias foi realizada, tornando evidente a ocorrência de alguns períodos de baixa pluviosidade durante o período estudado. Calculou-se a série temporal dos totais diários de precipitação para toda a área e a distribuição de ocorrência da precipitação em termos de variabilidade diária. Os métodos de Thiessen e de interpolação de Kriging foram utilizados para o cálculo das precipitações diárias totais na área. Compararam-se os resultados obtidos pelos dois métodos. Os valores máximos de precipitação calculada na área por ambos os métodos ocorreram no dia 06/01/1999, sendo o de Thiessen igual a 36 mm e o de Kriging igual a 42 mm. A diferença máxima entre os valores obtidos pelos dois métodos foi de 7,84 mm, no dia 03/02/1999.

Observou-se a ocorrência de dois horários pico de precipitação, um que ocorre por volta das 16:00 HL, associado a chuvas convectivas, e o outro às 4:00 HL, associado a chuvas de sistemas de mesoescala. Uma análise geográfica dos horários de precipitação associada com o estudo de isoietas permitiram a identificação de sistemas locais na maioria dos casos. Também houve a identificação de sistemas oriundos do Sudeste, movimentando-se na direção Noroeste.